A sirene tocou recentemente na Chamusca porque havia mato a arder. Como o concelho da Chamusca está sinalizado pelas autoridades, caíram em Ulme, local do fogo, uma dezena de corporações. Durou pouco tempo e queimou uma área insignificante. Este Verão atípico é uma bênção para todos os portugueses. Acima de tudo para os bombeiros e para os proprietários florestais. O fogo começou à beira de uma estrada camarária que a autarquia não limpou como estava obrigada.
A presidência da Câmara da Chamusca está entregue a um político do PS inábil e irresponsável. Entre os seus camaradas reina a maior contestação; alguns já o avisaram que não o querem mais nas reuniões com a vice-presidente ao lado. Outros ameaçam por ele nunca atender o telefone. A voz colectiva é que ele não sabe o que anda a fazer e comporta-se como a avestruz: mete a cabeça na areia para não ser confrontado com a dura realidade: o concelho da Chamusca não tem líder político e quando tem é para desfilar nas marchas, discursar nas festas e pouco mais.
Paulo Queimado é o personagem que há quase quatros anos, a um domingo, foi de chinelos e calções a uma homenagem ao saudoso e querido médico Artur Barbosa. E passou metade do seu discurso a justificar-se pelo que levava vestido. Na altura quase toda a gente se riu da desfaçatez. E desvalorizaram. Acharam que ele era um menino a dar os primeiros passos na vida pública e que ia ganhar estatuto. Não era nem é nos dias de hoje. Na data da homenagem a Artur Barbosa, Paulo Queimado já tinha anos de trabalho como presidente de câmara, e muitos anos como vereador da oposição.
Politicamente ele é mesmo um tipo que faz a administração do concelho calçando chinelos; e a impressão que passa é que anda de calções todos os dias da semana de trabalho.
A Terra Branca está entregue a dois socialistas, Paulo Queimado e Cláudia Moreira, que fazem da presidência da autarquia um festival de folclore 365 dias por ano, com bar aberto, muito fogo de artificio, entradas grátis e música sempre muito alta como na Ascensão.
Por último: os poucos comerciantes da vila e das freguesias do concelho, que ainda são a alma do desenvolvimento local, fazem de apuro num ano tanto como há 20 anos faziam no mês do Natal. Se a autarquia não ganhar gestores que saibam captar investimento, que tenham cu para se sentarem nos gabinetes de Lisboa com os políticos do Governo que decidem para onde vai o dinheiro do Orçamento de Estado, estamos feitos ao bife. JAE
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