quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Um político sinistro
Meu caro Amigo. Agradeço a sua carta e as críticas ao nosso jornal. Não lhe agradeço os elogios pelas razões que compreenderá. Aproveito esta coluna para responder a algumas das suas críticas com questões que, segundo me parece, você nunca percebeu no nosso projecto.
O MIRANTE é um jornal condenado ao sucesso porque aqui trabalha-se e só depois é que se reivindica. Na redacção de O MIRANTE não existe a paz dos altares. Se o tempo é de paz gozamos a paz. Se o tempo é de guerra vamos todos à guerra já que entre mortos e feridos alguém há-de escapar.
Diz o meu Amigo na sua missiva que não percebe porque somos distribuídos por toda a região dentro do saco do jornal EXPRESSO e mantemos o jornal na banca e a política de assinaturas. Claro que não percebe! Como poderia perceber se o seu “ofício “ é ler e criticar os jornais e não escrevê-los e distribuí-los ?!.
Não tem sentido o que me escreve relativamente ao socialista Joaquim Rosa do Céu.
Se houve pessoas ao longo destes últimos anos que foram beneficiadas politicamente pela linha editorial de O MIRANTE foi o actual presidente da Câmara de Alpiarça. Enquanto o PCP foi poder em Alpiarça O MIRANTE sempre fez jornalismo de contra-poder. Verdade seja dita: Raul Figueiredo e seus companheiros adoravam dar pau e costas. E daí até fazerem dos jornalistas de O MIRANTE os maus da fita foi um passo. Enquanto nós fazíamos o nosso trabalho os comunistas adiavam o deles. E o povo da terra, quando chegou a altura, votou na alternativa. Não tenho nada contra o socialista Rosa do Céu , mas que ele secou tudo à sua volta, isso é indesmentível; e que o homem tem a mania de perseguição, disso também não tenho dúvidas.
Se há coisas de que tenho a certeza é de que ele “odeia” o povo da sua terra. Aliás , ele odeia tudo o que é relacionado com o povo. Mas finge bem. E isso é que é importante em política.
NOTA : Quem ler esta crónica vai pensar que eu não gosto nem um bocadinho do socialista Rosa do Céu. Engana-se! Acho graça ao senhor. Aquele ar sério e pacóvio faz-me pena. Nomeadamente porque já convivi de muito perto com ele e convenci-me (ou ele convenceu-me) que não era lunático pelo poder. E não é. É só um político sinistro. Até prova em contrário.
NOTA 2: Esta crónica é parte de uma resposta a uma carta de um amigo de Alpiarça que vive em Lisboa. O socialista Rosa do Céu não tem culpa no cartório. Eu é que entendi “dedicar-lhe” o Prémio Imprensa Regional que vamos receber esta semana, atribuído pelo Clube de Jornalistas. Há por aí muita avestruz na política mas como o Joaquim Rosa do Céu não conheço outra. Daí a dedicatória que leva apenas o meu nome.
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