Francisco Moita Flores já não é vereador da Câmara de Oeiras e desde a tomada de posse só compareceu a uma reunião do executivo. O ex-autarca pediu por quatro vezes a suspensão do mandato. Dos quatro pedidos de suspensão três deles tiveram como justificação a sua actividade literária. Moita terá sido pressionado pelo PSD para deixar o lugar vago e dar espaço a quem quer fazer trabalho de oposição no executivo liderado por Paulo Vistas. Ou seja: Moita perdeu as eleições em Oeiras e teve que ser o PSD a dar-lhe um empurrão para deixar caminho livre a quem quer trabalhar. Moita Flores enche a boca dizendo que é um homem de bons costumes e que está na política para servir. Este é o seu melhor exemplo.
A justificação de Moita Flores para pedir a suspensão do mandato é tontinha e merece ser publicitada. Aliás, merece que lhe acrescentemos a seguinte nota. Enquanto foi presidente da Câmara de Santarém Moita Flores ausentava-se com muita frequência e a desculpa era sempre a saúde precária de um familiar. De tal forma exagerou na desculpa que à sua volta todos gozavam com o curso de “primeiros socorros” que ele deveria andar a treinar na família. Esta desculpa durou anos e justifica tudo aquilo que Moita Flores deixou por fazer e geriu da mesma forma, ou pior, que Rui Barreiro. Faltava-lhe tempo para governar a câmara e tomar conta dos seus assuntos.
Enquanto esteve em Santarém Moita Flores foi especialista em desculpas e esquemas como os que usou em Oeiras. Um dia saiu à rua de bicicleta em Santarém e fez-se fotografar dizendo que a cidade era ideal para andar de triciclo. Só deverá ter usado a bicicleta nesse dia. Outra atitude curiosa foi o aluguer de casa na cidade. A casa existia mas Moita Flores ia dormir todos os dias a Lisboa e regressava pela manhã nos dias em que os outros afazeres não o prendiam na capital. Ao contrário do que fez crer o ex-presidente da Câmara de Santarém e a sua famelga nunca se fixaram em Santarém.
São muitas as qualidades de Francisco Moita Flores.Tantas como os seus predicados como político da raça daqueles que andam nestas andanças para cuidarem da vidinha. Mais um bocadinho de vergonha e será um verdadeiro Franciscano. JAE
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