Esta semana O MIRANTE é um pequeno repositório de versos brejeiros que anunciam as várias iniciativas organizadas na região em Quarta-Feira de Cinzas. Em todas elas
O MIRANTE esteve presente e, aqui e ali, tratado e maltratado como mandam as regras do Carnaval e dos testamentos que são escritos muitas vezes por gente pouco letrada mas muito sabida e, em muitos casos, por pessoas que não só sabem escrever como sabem fazer crítica social.
Fica aqui uma palavra de apreço para um grupo de jovens da Chamusca que não só continua a tradição, com os velhos de pantufas em casa a morrerem antes do tempo, como melhoraram e muito a qualidade “literária” do testamento embora toda a liberdade que sempre é permitida, e deve ser abusada, nestas alturas de “lavagem da roupa suja”.
Pela primeira vez O MIRANTE publica uma reportagem do testamento lido na Póvoa de Santa Iria. Já não era sem tempo. Mesmo assim a reportagem fica aquém daquilo que o acontecimento merece. Esperamos melhorar no próximo ano e estarmos mais atentos.
Não é normal que em cidades como a Póvoa de Santa Iria o pessoal escreva testamentos que não ficam a dever nada àqueles que são escritos para comunidades pequenas onde todos se conhecem. Só quem vive no seio destas grandes comunidades percebe que tudo funciona como nas pequenas. A diferença está apenas na diversidade. O resto é tudo igual. Quem julga que as grandes cidades como a Póvoa não têm vida própria e gente bairrista engana-se redondamente. Basta estar atento ao trabalho associativo e às actividades que se organizam todos os dias e muitas vezes enchem os fins de semana. Mesmo que a participação seja escassa ninguém desiste. E, ao contrário do que acontece nas comunidades mais pequenas, os dirigentes marimbam-se para o presidente da junta e fazem tudo, ou quase tudo, como se a política não existisse. Mas é claro que os políticos não passam despercebidos e levam na cabeça nas alturas certas.
Recuperamos uma das quadras deste Enterro do Galo onde O MIRANTE foi citado e onde um presidente de junta de freguesia, que representa uma das cidades mais identificadas como dormitório de Lisboa, levou que contar.
“Só em festas importantes/Na Póvoa de Santa Iria/Aparecem os representantes/Da Junta de Freguesia.
Julgam-se gente importante/E não se juntam ao povo/Foram notícia em O MIRANTE/e não vimos nada de novo.
O entrudo e amigões/Numa tarefa conjunta/Deixa merda e cagalhões/Para os engravatados da junta”.
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