O Ribatejo chegou a ser considerado o Celeiro de Portugal em parceria com o Alentejo. Os tempos eram outros mas a fama e o proveito ficaram. Hoje continuamos a ser privilegiados pela natureza e os nossos campos e terrenos de charneca adaptaram-se às exigências dos produtores que procuram na agricultura a riqueza que perdemos na indústria e nos serviços a exemplo do que aconteceu por todo o país e por toda a Europa. Não há território em Portugal que tenha tanta água; que possua uma terra onde tudo o que se semeia nasce; onde a floresta é uma das mais ricas do mundo devido principalmente ao montado; apesar da falta de governantes à altura para atacarem os incendiários e os especuladores que são donos do mundo plantando e vendendo eucaliptos.
O Ribatejo é o melhor lugar para viver. Não faz sentido que a divisão administrativa do país procure dividir aquilo que andamos tantos séculos a tentar construir e unir. Os ribatejanos são gente de carácter; hospitaleiros; corajosos; audazes e respeitadores das suas raízes. Dificilmente a política conseguirá destruir a hegemonia de um território e de um povo que tem referências por todo o mundo e é reconhecido pelo seu labor e pelas suas tradições.
É para valorizar e mostrar essa identidade, mas não só, que O MIRANTE entrega todos os anos o Prémio Personalidade do Ano a várias figuras e instituições da região. A nossa terra é como uma outra pátria; as nossas tradições são o nosso orgulho; a força do nosso trabalho é o que nos distingue; amor à terra é o que melhor caracteriza e assinala um ribatejano; se nascemos aqui e temos o privilégio de viver e trabalhar no Ribatejo é nossa obrigação mostrar o orgulho e a densidade do nosso bairrismo. Acima de tudo é preciso que cultivemos a imagem de culto que temos pela região que nos identifica muito para além das pequenas fronteiras das nossas aldeias, vilas ou cidades. JAE
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