Não esqueço, nem esquecerei, a pompa e circunstância com que Francisco Moita Flores se veio apresentar aos escalabitanos no Café Central já lá vai quase uma década. Foi ele que escolheu aquele lugar para se apresentar à cidade na companhia dos ilustres convidados que encheram o espaço emblemático da cidade de ontem e de outros tempos.
Fechado e vandalizado há cerca de seis anos o Café Central já era. Moita Flores foi o seu último coveiro. O autarca que passou por Santarém como o Quim Barreiros da política prometeu tudo e mais umas botas para pôr Santarém no mapa; do seu trabalho só ficaram propriedades; a compra de edifícios públicos e um aumento da dívida que já era gigantesca no tempo de Rui Barreiro e companhia.
Moita Flores foi o grande estratega para a formação da empresa Águas de Santarém; para a compra do Convento de S. Francisco e do Presídio Militar; grande homem para fazer grandes negócios com o dinheiro público; naquilo em que conta mais a disponibilidade, a arte e o engenho dos gestores foi um fiasco: um digno personagem dos seus livros de ficção.
O exemplo do Café Central é um dos melhores para percebermos como Moita Flores desprezou a cidade e esteve distante daquilo que, de forma tão duvidosa, usou sempre no seu discurso político. Moita Flores foi ao Café Central apresentar-se aos escalabitanos por ser o lugar por excelência da memória da capital do Ribatejo; no pouco tempo que esteve em Santarém deixou que o espaço se tornasse um lugar fantasma, vandalizado e com custos que davam para matar a fome a algumas famílias.
Moita Flores ficou a dever ao centro histórico de Santarém a grande maioria das promessas que fez em campanha política e que caíram em saco roto. O Café Central é o símbolo máximo da falta de vontade que ele teve em trabalhar para cumprir o prometido. JAE
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