O Poder Local é uma das maiores conquistas do 25 de Abril. A conclusão é velha e tem sido repetida até à exaustão pelos políticos e pelos agentes ligados a instituições locais e regionais que precisam das autarquias como de pão para a boca. Todos sabemos, no entanto, que nem sempre os políticos locais privilegiam as parcerias e a governação democrática. Há autarquias e autarcas que nos seus ministérios comportam-se ainda pior que os governos de Lisboa. Das últimas eleições autárquicas saíram executivos que estão a trabalhar com fôlego renovado; políticos que estão a tentar reorganizar o Poder Local numa direcção que não seja só a do compadrio e a do salve-se quem puder. A realidade económica a isso obriga. As mudanças no tecido económico e social, e a necessidade de aproveitamento de sinergias, não deixam outras alternativas. Mas do querer ao fazer vai um grande passo. Nomeadamente se tivermos em conta que para se ter êxito na gestão política de um território é preciso somar qualidades humanas e boas experiências de vida e de trabalho.
A edição recente do livro de José Fidalgo, “Autarquia Inclusiva & Participada”, é um bom exemplo de um autarca que, depois do trabalho feito, que é modelar nalguns capítulos, soube tirar proveito da sua passagem pelo Poder Local. O livro não é só trabalho de autor e realização pessoal; é serviço público e exemplo de cidadania. JAE
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