O Presidente da República foi almoçar à Carregueira a um Centro Social graças à luta e militância de um deficiente pela causa dos seus pares. O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, apareceu sem antes fazer contas com a instituição e “virou as costas” ao Chefe de Estado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi almoçar à Carregueira, uma freguesia do concelho da Chamusca, a convite de um homem que resolveu lutar pelos direitos dos deficientes. A história é conhecida mas os resultados, como sempre, nunca aparecem de uma vez. Eduardo Jorge está agora a facturar o resultado da sua militância, e também do seu atrevimento, porque ninguém ganha uma guerra sem travar muitas batalhas. Por causa do trabalho de um homem, que luta pelos direitos dos deficientes, Marcelo Rebelo de Sousa pôs a Carregueira no mapa do país, e na agenda da Presidência da República, que prometeu voltar em breve para uma reunião de trabalho nas instalações do restaurante.
Quem vive na região, e não está confinado ao seu bairrismo, sabe que é na Carregueira que se despejam os lixos mais perigosos do país. Sabe ainda que esta conquista do Governo de Pedro Passos Coelho foi conseguida à custa do sacrífico da população, que aceitou o investimento num clima de paz, depois de o mesmo ter sido rejeitado noutras localidades do país num clima de guerra.
O Eco Parque do Relvão, que foi o grande projecto do reinado de Sérgio Carrinho, custou a presidência da Câmara da Chamusca à CDU. O PS ganhou a câmara nas penúltimas eleições autárquicas, graças à campanha dos socialistas da freguesia, que deram um resultado esmagador e histórico ao partido, deixando o candidato da CDU a poucas dezenas de votos da vitória. Os empregos criados pelo Eco Parque do Relvão podem não ser suficientes para compensar a violência contra o meio ambiente, o perigo para a saúde das populações, a desvalorização das propriedades confinantes, e tudo o que se sabe que está por trás de lixeiras de resíduos perigosos. O Eco Parque do Relvão um dia destes vai dar grandes e tristes histórias por causa da falta de estradas em condições, de uma nova ponte sobre o Tejo, por causa da eventual má gestão do Parque, da especulação com os lotes de terreno que valorizaram mil por cento, quem sabe, esperemos que não, pelas razões que levaram o PS local a fazer uma campanha silenciosa contra Sérgio Carrinho que, fora da corrida às eleições, não teve substituto à altura para que a CDU mantivesse a presidência da câmara.
Paulo Queimado foi para a Carregueira receber Marcelo Rebelo de Sousa sem fazer contas com a direcção da instituição que o convidou, e sem dar, ao menos, uma justificação nem que fosse de mau pagador. Para alem de ter aceite um convite de uma instituição que despreza, não aproveitou a ocasião para sensibilizar a mais alta figura do Estado para todos os problemas do concelho da Chamusca, que são tão actuais como a situação de pandemia em que vivemos. Paulo Queimado é um dirigente político que ninguém merece; muito menos o povo e os dirigentes associativos da Carregueira. JAE.
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