“As traseiras das nossas casas são as nossas tartarugas”. Não sei se isto diz alguma coisa aos leitores desta coluna mas foi a única frase que restou de um caderno de apontamentos de 2013 que está agora algures numa lixeira do outro lado do Atlântico. 2013 deu três cadernos de apontamentos de assuntos profissionais e de pequenos apontamentos literários que me dou ao luxo de produzir quando não tenho mais nada para fazer.
Deitei fora muita conversa de empresário pois 2013 foi farto em encontros com gente do empreendedorismo. Alguns apontamentos em inglês que é língua que não falo e gostava de falar de forma a fazer-me entender. Foram para os anjinhos do cesto dos papéis notas sobre trabalho que davam um livro; “a banca esfalfa-se para emprestar dinheiro mas todos disputam os cerca de 20% dos empresários portugueses que lhes dão confiança. Os outros ou têm garantias reais ou lixam-se”. “Isto é um assalto”, disseram os empresários que saíram em defesa dos seus camaradas apanhados em incumprimento com as Finanças que lançam juros impensáveis a quem se descuida ou o negócio corre para o torto.
“A tecnologia está a esculpir o jornalismo de outras formas que surpreendem”. “Notícia boi que é aquela que a gente acaba de ler e diz mmmuuuuuuhhhhh!!”. A informação tornou-se uma coisa banal e criou a sensação que nós já não precisamos dela”. Ainda sobre a realidade do jornalismo em Portugal: “os jornais nunca tiveram tantos leitores mas também é verdade que nunca tiveram tão poucas vendas”.
“Os trovões são a poesia do céu”, disse o cabrão para a miúda que estava em casa enquanto ele andava na gandaia por locais onde não se ouviam trovoadas e nem sequer chovia” - excerto de um romance ainda por publicar de um escritor que me pediu o favor de uma leitura critica e que não é o Moita Flores. JAE
Sem comentários:
Enviar um comentário