quinta-feira, 12 de maio de 2011

Uma crónica sem importância

A notícia que na passada semana fez manchete na edição Lezíria de O MIRANTE que dava conta que Moita Flores não vai pagar cerca de dois milhões de euros a construtores civis que fizeram obra em Santarém sem projecto nem concursos é o melhor exemplo da irresponsabilidade da gestão de Rui Barreiro e dos socialistas escalabitanos.
Passaram oito dias e ninguém tugiu nem mugiu. Esperava-se uma reacção política ou, no mínimo, uma reacção dos empresários que fizeram a obra. Silêncio absoluto. A ideia que deixam é que querem que este assunto saia da agenda noticiosa o mais rápido possível. Quanto menos se falar do assunto melhor. As notícias duram dois dias e eles, os políticos e os empresários da construção civil, precisam de continuar as suas reais vidas.
Rui Barreiro anda a dar as últimas, lá, naquele lugar dourado, onde o puseram. As asneiras que fez enquanto presidiu a Câmara de Santarém já não têm solução. Moita Flores só agora lhe vai descobrindo a careca porque falta-lhe dinheiro até para pagar aos pequenos fornecedores da autarquia. Santarém precisa de ir à bruxa ou a bruxa precisa de vir a Santarém. Sem bruxas pelo meio eu acho que o melhor de Santarém vai Tejo abaixo e só ficam as encostas.
Quem se der ao trabalho de ler a reportagem de O MIRANTE sobre a tomada de posse do novo presidente da Escola Superior de Gestão de Santarém ficará com uma ideia da personalidade incompetente e do estilo arrogante do anterior presidente que deixou a direcção da Escola depois de perceber que perdia as eleições caso concorresse.
As críticas que Jorge Faria foi fazer na cerimónia da tomada de posse do novo presidente visaram O MIRANTE e, acima de tudo, o actual presidente do IPS, Jorge Justino.
Jorge Faria aproveitou o último tempo de antena que tinha na Escola para dirigir recados ao professor Jorge Justino que, no final, lhe respondeu à letra.
Mas não é por ter sido crítico ou ressabiado que trago a esta crónica o discurso de Jorge Faria e o que ele resolveu dizer na despedida de um cargo que exerceu mal e de forma incompetente. O que me leva a falar do caso foi a forma como ele ouviu, sentado na sua cadeira, a resposta por parte do presidente do Politécnico quando este teve a oportunidade de responder a algumas das suas afirmações. Qual labrego na sua melhor forma, Faria escarrapachou-se na cadeira onde estava sentado e, enquanto Jorge Justino falava e lhe dirigia a palavra, Faria esticava-se e abanava-se na cadeira numa atitude de enfado e de aparente falta de respeito que não lembrava ao diabo.
Podia haver na sala quem ainda tivesse algum respeito por Faria; mas a generalidade dos presentes demonstrava, e demonstrou ainda mais no final da cerimónia, uma alegria e uma satisfação com a mudança que só faltaram foguetes para darem um maior alarido à alegria da mudança na direcção da Escola Superior de Gestão de Santarém.

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