Vítor Guia não pode adiar mais a criação dos Caminhos de Saramago e José Veiga Maltez deve mostrar empenho na abertura diária do pólo da Fundação Saramago, na Azinhaga.
José Saramago é adorado em vários países do mundo; no Brasil e no México, só para citar duas grandes nações, há uma espécie de adoração pela figura e pela obra de José Saramago. Nada que se compare a Portugal onde os seus livros vendem, apesar de tudo, mas onde ainda hoje é vítima de inveja e desprezo que são, em grande parte, atribuídas à acção da Igreja que não gosta dos livros do escritor. A militância comunista também terá a sua parte.
José Saramago mudou-se de Lisboa para a Ilha de Lanzarote (Espanha) devido à censura que o Governo português resolveu fazer a um dos seus livros candidato a um prémio europeu. A figura inquisidora da altura era sub-secretário de Estado adjunto da pasta da Cultura. Um caso que vai ficar na História e que mostra de um lado o país progressista que nasceu com o 25 de Abril de 1974, e do outro o país salazarento representado por um indivíduo chamado Sousa Lara.
Vítor Guia, o presidente da Assembleia Municipal da Golegã, não pode perder tempo a criar o já anunciado projecto dos Caminhos de Saramago.
José Veiga Maltez, o presidente da Câmara da Golegã, deve acompanhar e incentivar a abertura diária do pólo da Fundação Saramago, na Azinhaga, para que o seu concelho beneficie, como merece, da dimensão planetária da figura do autor de “Jangada de Pedra”.
Uma última nota sem importância: José Saramago nasceu a 16 de Novembro data da fundação de O MIRANTE. JAE
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