O autor desta crónica espera todos os
anos pelas listas dos melhores filmes e dos melhores livros do ano como uma
criança aguarda pelas prendas do Pai Natal; Desta vez atrevo-me também a
sugerir livros que me marcaram e que eu acho que todos devem ter em conta na
hora de se prendarem a si próprios ou às pessoa dos seus afectos.
Memórias de Adriano e A Obra ao Negro de Marguerite Yourcenar.
O primeiro é um texto maravilhoso sobre o conhecido Imperador; o livro aborda
todos os aspectos da vida humana, não deixando de fora nem o sono. O segundo é
uma biografia de um herói do século XVI atraído pelo hermetismo e a ciência.
Dois livros para que um Homem se descubra a si próprio e nunca mais se perca na
vida.
A Louca da Casa de Rosa Montero. É já um clássico embora tenha
sido editado há uma dúzia de anos. Se o leitor não engrenar na leitura é porque
está cansado; durma uma noite tranquila e volte no dia seguinte para se
redimir.
As Idades de Lulu de Almudenas Grandes. É um livro que recomendo a
quem acha que a literatura erótica é toda ao nível da E.L. James ou do grande
Henry Miller.
O Mundo de Ontem de Stefan Zweig. Uma autobiografia de um dos
maiores escritores e biógrafos da literatura mundial que viveu e morreu no
Brasil. Quem o ler nunca mais vê o mundo da mesma forma.
Memorial do Convento de José Saramago. O melhor livro do autor de
Pequenas Memórias; Cuidado com as aparências: não há bons livros fáceis de ler.
Se não conseguir entusiasmar-se à primeira leitura experimente uma segunda ou
uma terceira vez. O esforço vale a pena.
À Beira do Corpo de Walmir Ayala. Um romance fascinante que se lê
em dois dias e que conquistou ao longo das últimas cinco décadas várias
gerações de leitores.
Um Homem Querendo Vender Sua Morte de Eliezer Moreira. Um romance premiado de autor
brasileiro que tem um personagem chamado Antônio Finaflor, filho natural –
obviamente imaginário – de certo empresário português da indústria de fumo
estabelecido em São Félix, na Bahia.
“Um Deus passeando pela brisa da
tarde” de Mário de Carvalho. Um
livro para quem acha que um dia também vai ser escritor. Uma viagem à língua
portuguesa com uma mestria incomparável na língua de Camões.
E como o espaço não dá
para mais: toda a poesia de Ruy Belo, Jorge de Sena e Sofhia;
As Canções de Bilitis de Pierre Louys;
Walden ou a vida na floresta de Henry David Thoureau. JAE
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