quinta-feira, 3 de junho de 2021

A realidade em “Odmira” mas também em Santarém

 

Em “Odmira” não se viu a nossa querida ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Viu-se, e leu-se, os dirigentes da CAP a berrarem contra o Governo e a tentarem à sua maneira separarem o trigo do joio com declarações que parecem de dirigentes da Bielorrússia

Esta semana mandei substituir os pneus de uma das minhas motas. Só fiz 18 mil quilómetros em cinco anos o que é uma ninharia para dois pneus que parecem de um carro de corrida. Há episódios da nossa vida que nos servem às mil maravilhas para o nosso trabalho. Por mais que tenhamos uma boa mota para cavalgarmos a estrada.... se não tivermos tempo os pneus ficam podres antes de ficarem sem rasto. Acho muito sinceramente que é isso que está a acontecer ao país. António Costa desapareceu do Governo e dos grandes projectos do seu mandato. A reforma administrativa vai continuar por fazer; os condes e os marqueses que mandam nos ministérios vão continuar a mandar; os Gameiros desta vida vão continuar a sua aventura de caciques do regime e, quem sabe, um dia acabem ministros ou presidentes de um grande clube desportivo, o que para eles tanto faz a confiar no exemplo de Luís Filipe Vieira que é um homem acima da lei como sempre foi Pinto da Costa.

Em “Odmira”, para citar Santana Maia Leonardo em artigo de opinião neste jornal, não se viu a nossa querida ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Viu-se, e leu-se, os dirigentes da CAP a berrarem contra o Governo e a tentarem à sua maneira separarem o trigo do joio com declarações que parecem de dirigentes da Bielorrússia: “quem dá emprego não tem que saber onde dormem os seus empregados”; mais ainda; “alguns trabalhadores dormem em contentores onde apetece passar férias”; declarações irresponsáveis, de gente sem vergonha, que fala segundo manuais maoistas, que fogem à realidade que se passa em “Odmira” mas também em Santarém.

Em “Odmira” como em Santarém isto só acaba quando António Costa começar a exercer o poder e mandar fiscalizar no terreno os empresários agrícolas e os outros que eles contratam para os trabalhadores terem uma cama nem que seja numa capoeira.

Em Portugal não há fiscalização para nada, nem sequer para uma área onde todos nós estamos entregues aos desígnios da sorte. Alguém se lembra dos abusos fitossanitários nas várias culturas de produtos agrícolas que semanas depois chegam aos supermercados? Quem é que confia em agricultores que produzem com mão-de-obra escrava? Eu não. Sei que um frango produz-se em cativeiro durante 28 dias e vejo como as plantas e os frutos crescem e amadurecem de um dia para o outro como se tivessem a mão de Deus a ajudá-los. Só quem não vive neste mundo e não se questiona é que confia nesta gente. Quem é que fiscaliza as suiniculturas que começam a ocupar o território ribatejano e que vêm na sua grande maioria da zona Oeste?

Em Portugal não há fiscalização, mas, pior que isso, não há consciência cívica. Os Gameiros desta vida tomam conta do país que António Costa governa mais os seus camaradas socialistas rendidos aos dourados das paredes dos seus gabinetes de trabalho. JAE.

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