quinta-feira, 11 de maio de 2023

O novo aeroporto internacional será em Santarém ou Benavente

O novo aeroporto internacional de Lisboa será em Benavente ou em Santarém. São as únicas opções que servem o país e os interesses dos portugueses. O MIRANTE toma opção por Santarém mas a garrafa de champanhe que compraremos para festejar a decisão do aeroporto em Santarém será a mesma com que festejaremos a decisão do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete.


O MIRANTE trabalha e é líder da informação nos dois concelhos do país onde deverá ser construído o novo aeroporto internacional de Lisboa.  Benavente e Santarém são as únicas opções que servem o país e os interesses dos portugueses. Para além disso são os dois únicos territórios onde é possível reunir a maioria das condições exigidas para um aeroporto que respeite o ambiente, possa crescer sem limitações e cumprir os desígnios de uma grande região metropolitana e de um país que, embora se faça de carro de norte a sul em menos de 9 horas, não é dos mais pequenos da Europa, mas é um território onde cabe uma das mais pequenas regiões do Brasil, só para dar um exemplo de um outro país irmão com quem a maioria dos portugueses se identifica.

Vai por aí um burburinho, que também já alimentei e alimento, garantindo que o lóbi do ex-ministro Pedro Nuno Santos jamais ficará pelo caminho. Dizem e justificam que a força do socialista e dos seus amigos fará com que a lógica se torne numa batata e que outra solução surgirá pelo pretexto mais mesquinho que houver ao cimo da terra; e é quase certo que o Estado vai voltar a pagar a despesa de adiamento do futuro aeroporto, e os aviões vão continuar a sobrevoar o casario dos bairros de Lisboa, quem sabe até ao dia em que morram pessoas e sejamos notícia no mundo pelas piores razões.

Em Benavente ou em Santarém seremos a redacção mais perto do novo aeroporto se os interesses dos políticos não se sobrepuserem aos interesses do país. Nada de novo. Falo do assunto para deixar claro que tomamos partido por Santarém por acharmos que o país tem mais a ganhar. Mas se os políticos continuarem a saga de fazer gemer o dinheiro dos contribuintes até ao tutano, a garrafa de champanhe que compraremos para festejar a decisão do aeroporto em Santarém será a mesma com que festejaremos a decisão do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete.

Os jornalistas e os jornais devem ser imparciais a escrever, mas nós existimos para defender o nosso território. Por isso não se admirem que estejamos aqui a tomar posição por um aeroporto internacional em Santarém com investimento privado, em vez de optarmos por Benavente, que terá custos exorbitantes, terá que incluir mais uma ponte sobre o Tejo, e tem restrições ambientais que não são de somenos importância. Terá ainda um problema que salta à vista e que encarece e dificulta ainda mais o projecto: enquanto em Santarém as obras estarão prontas em quatro anos, em Benavente, no mínimo demoram o dobro. E é aqui que a porca torce o rabo; se a escolha recair em Benavente é mais que certo que o Governo vai sugerir uma solução intermédia que custará milhões, e que de provisório é muito possível que passe a definitiva, e que, como todos sabemos, vai aumentar o número de aviões no céu de Lisboa, redobrar a poluição sonora e aumentar os riscos de acidentes.

Somos um país de trolhas e de badamecos a confiar no que José Sócrates achava do pagamento das dívidas do Estado (para mim basta este exemplo para classificar a classe política que se acha acima da lei). Mesmo assim sou daqueles que não desiste de trabalhar e de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária. Neste caso não é até que a voz me doa, mas até que tenha papel para escrever, o que vai sendo cada vez mais raro e difícil nos tempos que correm; e neste capítulo a culpa não é dos políticos, mas alguns deles são os mais beneficiados. JAE.

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