quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Há vidas maiores que romances


Acabei o ano de 2008 a ler o novo romance de Francisco Moita Flores que há-de sair para as livrarias na primavera de 2009 (ver texto sobre o assunto nas páginas interiores). É um privilégio poder partilhar a inteligência e a sabedoria do actual presidente da Câmara de Santarém. Já escrevi e acho uma boa altura para repetir: este Senhor trouxe para Santarém e para a região uma dinâmica de trabalho e de combate político que não tem paralelo na região nestes anos todos de democracia. Um dia que ele acabe o seu trabalho em Santarém, uma vez que para além da política é homem com outros projectos de vida para o futuro, vamos ficar todos a perceber melhor o seu valor como político, como Homem e como intelectual. Até lá muita água há-de correr por debaixo das pontes. E muita coisa terá que correr melhor na vida política de Moita Flores e do PSD de Santarém para que o autarca não defraude as expectativas dos escalabitanos que votarem nele e de todos aqueles que vai conquistando com o seu trabalho e com o seu carisma.



Antes de começar a ler, ainda em folhas A4, o novo livro de Moita Flores, li um romance de Walmir Ayala (À Beira do Corpo), editado apenas no Brasil e já na 9ª edição, que foi o livro que mais me marcou em 2008. Walmir já morreu há 17 anos e deixou uma Obra muito valiosa ao cuidado do seu afilhado André Sefrrin. O romance conta uma história trágica entre maridos e amantes. É um dos mais belos romances da literatura brasileira escrito “com uma prosa banhada pela iluminação poética”. Depois de ler À Beira do Corpo escrevi ao André e perguntei-lhe como foi possível nunca me ter falado neste livro já que várias vezes trocamos livros e opiniões sobre a obra do Ayala. Não calhou respondeu ele. E quanto à tragédia da novela tudo aquilo foi retirado de uma situação vivida, contou ainda na sua missiva, acrescentando que Walmir tinha 4 anos de idade quando assistiu ao assassínio de sua mãe e do seu amante apanhados na cama de sua casa pelo pai.
Há vidas maiores que romances.



A vida é a arte do encontro. Não tenho sido muito feliz neste capítulo. A verdade é que também não procuro muito. Deixo que as coisas aconteçam e depois, se isso me interessar, vou atrás e se for preciso luto até ficar sem forças e sem pele. Umas vezes ganho. Outras vezes perco. Mas não é meu hábito meter-me em lutas para perder. O ano que agora acabou foi igual a tantos outros. Gostava de partilhar com os leitores de O MIRANTE o facto do jornal ter crescido muito a sul do distrito de Santarém e no concelho de Vila Franca de Xira onde já trabalham, quase em exclusividade, seis jornalistas da redacção. A nota serve para deixar um recado a quem nos manda recados do norte. Ninguém faz omoletas sem ovos. O ditado é antigo mas serve que nem ginjas para me explicar em poucas palavras.

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