quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um espírito vencedor *


Há poucos dias sentei-me a um sábado de manhã à mesa de um café com um pequeno empresário a falar da realidade laboral do país de há uma dúzia de anos atrás. Dizia ele que a esquerda política eram os milhares de operários a calcorrearem as estradas dentro de carrinhas dormindo pelo caminho entre o ponto de partida e o ponto de chegada, muitas vezes do norte para o sul e vice-versa. Todos a dormirem pelo caminho até ao trabalho menos o condutor que, regra geral, era quase sempre o patrão.
O mundo mudou. Sentimo-nos felizes por sermos testemunhas privilegiadas. Sabemos que em cada reunião de amigos, o tema principal é a crise. Não sei se vos desiludimos mas gostava de transmitir que não sentimos angústia pelo trabalho acrescido que a crise está a provocar. Estávamos mais preocupados se as condições do país se mantivessem da forma que permitiu que os berardos da vida, por serem amigos dos políticos e dos banqueiros, se mantivessem na mó de cima.
Os pequenos e médios empresários são o grande motor da nossa economia, os grandes obreiros de qualquer sociedade. São eles, acima de tudo, que aqui representamos. É com eles que fazemos o nosso percurso. É com orgulho que partilhamos esta responsabilidade de premiar pessoas e empresas que geram riqueza e emprego, pessoas que são importantes, cada um à sua maneira, no crescimento económico da sua terra, da sua região e do seu país.
Nesta altura os problemas na imprensa são tão discutidos como a generalidade dos problemas do país. Há muita turbulência por causa das televisões e da fraca economia que não chega para sustentar os grandes jornais. O MIRANTE está entre os dez maiores jornais do país com mais tiragem e maior sustentabilidade. Temos uma vantagem em relação aos outros. Estamos muito mais próximos dos nossos leitores e dos nossos anunciantes.
Como todos sabem em cada jornal importante há várias agendas. Em O MIRANTE só há uma agenda. É a agenda da redacção. E é com essa que todos trabalhamos. Editamos um jornal para o nosso público e não um jornal para os leitores de uma determinada classe política ou empresarial. A primeira coisa que aprendemos neste ofício é que se o produto não for bom para consumo dos leitores acaba endividado e descredibilizado e nunca passará da cepa torta.
Com as várias edições, com a nossa tiragem, com o aumento da equipa de profissionais, com as parcerias que temos vindo a fazer, temos provado que mais do que um caso de estudo somos um projecto jovem e com futuro.
O Galardão Empresa do Ano é, em parceria com a NERSANT, a nossa iniciativa mais feliz porque nos aproxima da comunidade em que vivemos e trabalhamos. Enquanto jornalistas a nossa obrigação é passar despercebidos antes da publicação de qualquer trabalho. Hoje aqui estamos naquela posição em que nos mostramos como o mensageiro credível para que, no futuro, todos possam acreditar ainda mais na nossa mensagem.

*Excerto do texto lido na cerimónia da entrega do Galardão Empresa do Ano que é notícia nesta edição.

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