quinta-feira, 9 de abril de 2015

Uma engenhoca mata peixes

A água do Rio Tejo em Abrantes chega ao açude da cor do petróleo e depois do açude vai deixando ao longo das margens uma espuma que é um verdadeiro bilhete de identidade da poluição com nome e rosto.
Nestes últimos dias fui três vezes ao açude e pude confirmar aquilo que sempre foi a voz do povo: aquela obra foi a maior avaria do ex-presidente da câmara, Nelson Carvalho, e talvez a maior trapalhada da sua gestão, descontando o negócio ruinoso que ele apadrinhou entre Alexandre Alves e o município.
Depois do que aconteceu aos peixes na última sexta-feira a Câmara Municipal de Abrantes tem que arranjar rapidamente uma solução para o açude. A autarquia não pode fazer do açude uma máquina de matar peixes. O que se passou nos últimos dias é mau demais para ser verdade e deixa-nos tristes e revoltados. Aquela engenhoca tipo mamarracho do “passa peixe” não funciona, nunca funcionou nem vai funcionar. O que vi e ouvi contar aos pescadores deve passar de boca em boca para que não se volte a repetir; de nada serve a GNR mandar afastar os mirones e mandar apagar fotos de jornalistas-cidadãos; e os responsáveis da autarquia e da protecção civil não ficam bem na fotografia ao tentarem esconder o sol com uma peneira. Está à vista de todos que os equipamentos do açude não têm manutenção e que o rio foi tomado de assalto pelo betão. JAE

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