quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A imprensa vive dias complicados


Também não gosto deste poder socialista que impõe regras sem olhar a meios. Por isso deixo aqui o meu protesto. Sem esquecer de lembrar que muitos do que estão agora a bramar não tiveram coragem para contrariar as medidas estalinistas do ex-governante do PS Arons de Carvalho. E, é bom lembrar, alguns até se puseram a jeito convencidos que estavam a contribuir para matarem a concorrência. É vê-los, agora, a gritar que o rei vai nu.Está escrito na testa dos socialistas, quando chegam ao Poder, que a imprensa deve ser livre mas a liberdade pode ser um bocadinho mais reduzida enquanto eles forem membros do Governo e tiverem o poder de legislar. Não é preciso recuar muitos anos para confirmar a falta de jeitinho dos socialistas para lidarem com a imprensa e com os jornalistas. No tempo de Arons de Carvalho o Governo resolveu moralizar os subsídios para a comunicação social regional. Vai daí impôs um preço mínimo de assinatura e o pagamento à cabeça. Ora aí está. Dentro de dois anos os apoios acabam. E o que fez Arons de Carvalho num tempo em que as empresas precisavam de liberdade para se adaptarem às novas regras de mercado que vêm aí? Em vez de acabar com os subsídios para aqueles que nunca criaram emprego, ou exigir a devolução do dinheiro entregue a empresas que não cumpriram, prejudicou os melhores empresários do sector que, de um dia para o outro, tiveram que adaptar o seu negócio a regras apertadíssimas.
Augusto Santos Silva chegou há dois anos ao Poder e já conseguiu uma verdadeira revolução no sector. Desta vez os mais atacados são os jornalistas e os grandes patrões da Imprensa. Questões como a Regulação e a Concentração dividem tudo e todos. De um lado o Governo e uma denominada ERC a clamarem por mais responsabilização das empresas e dos jornalistas. Do outro os empresários e os jornalistas a dizerem que a liberdade de imprensa não se coaduna com legislação para impor regras próprias de Governos antidemocráticos. “É flagrante a constante insistência governamental em proibir, travar, limitar, burocratizar. A competitividade de um sector tão crucial como o dos media não é minimamente importante para este Governo. O que interessa é espartilhar, controlar, cortando cerce as aspirações de convergência multimédia, de crescimento, de internacionalização que qualquer empresa de media deve ter, num mundo em acelerada mutação, em especial as privadas que não vivem do dinheiro dos contribuintes”, diz Francisco Pinto Balsemão o mais conhecido e combativo patrão dos media nacionais.

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