quarta-feira, 30 de maio de 2007

Os problemas vão continuar com Moita Flores


Penso o mesmo em relação à CULT e à falta de coragem política de Sousa Gomes para salvar a face nesta guerra que começou por envolver o administrador executivo mas que já está a ferir a relação pessoal entre presidentes de câmara.Quem conhece bem o presidente da Câmara de Santarém sabe que a região ganhou um dos autarcas mais tesos do país e um homem de uma qualidade intelectual e moral excepcional. Não admira por isso que Moita Flores tenha pegado pelos cornos alguns assuntos polémicos que lhe vão dando água pela barba. Mas que demonstram uma coragem política que fazia falta à região.
Este braço de ferro com o CNEMA é um virar de página na política da Câmara de Santarém para com a instituição que sempre viveu em grande parte à custa da câmara embora seja uma entidade público - privada com fins lucrativos. Deixo as considerações para outra altura. Mas se Moita Flores ganhar esta batalha e puser esta administração a fazer o que nenhuma fez até agora o seu mandato está ganho. E a autarquia de Santarém ganha o estatuto que parecia perdido.
Moita Flores chegou à Câmara de Santarém para mudar o estado das coisas. Aparentemente, a primeira coisa que tentaram fazer-lhe na CULT foi pô-lo na ordem. Como era previsível ele pediu respeito e mais consideração pela sua pessoa e pela sua autarquia. As reacções são as que se conhecem.
O que nos interessa deixar claro nesta crónica é que Moita Flores não chegou à região acomodado e disposto a pactuar com a mentalidade reinante. Ganhou as eleições em Santarém e quer provar que a capital do distrito não é um verbo-de-encher na política regional. De certo que as suas lutas vão custar-lhe ainda mais dissabores. Sousa Gomes e António José Ganhão, só para citar dois exemplos, têm na CULT um parceiro à altura para animar o debate e a discussão se não entrarem em guerrinhas pessoais e souberem separar o trigo do joio.
Moita Flores não veio apenas inaugurar uma nova era na Câmara de Santarém. Veio também para afrontar alguns interesses instalados e, por isso mesmo, pouco habituados a serem postos em causa. Está na cara que os problemas vão continuar com Moita Flores. Resta saber como é que todos os Joões Machados que abundam por aí, fingindo que gostam da região e que dão o coração por ela, vão conseguir anular a vontade férrea do presidente da Câmara de Santarém.

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