quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A PJ e a luta entre Noras e Barreiro


Foi por causa do ex-presidente Noras e do ex-presidente Barreiro, políticos que se envolveram numa guerra que ainda hoje origina estas visitas da PJ, que fui à presença de uma juíza e saí de uma sala com um enxovalho de se lhe tirar o chapéu. Em determinada altura, por questões de justiça, barriquei-me ( acho que é a primeira vez que uso este termo na minha vida de jornalista) na defesa de valores e princípios de que ainda me orgulho. Os tempos passaram e a memória dos homens é muito curta. Por mim continuo a pagar a melhor das facturas. Por isso vou responder em tribunal por tudo o que escrevi. Com a consciência tranquila e certo de que vou ganhar na justiça por ter escrito a verdade e só a verdade.Saltei para a escrita deste texto depois de ouvir na Antena 2 o advogado e jornalista António Marinho dizer que quanto mais conheço os juízes mais gosto dos políticos (nunca tinha ouvido ninguém dizer mal da Justiça de uma forma tão subtil). Andava à procura de um pretexto para confessar que, recentemente, fui humilhado por uma juíza no Tribunal de Santarém de uma forma tão despropositada e sacana que, em vez de me indignar, fez-me sorrir tal foi a insensatez e o descaramento. Ainda hoje não sei o nome da juíza nem quero saber. Se voltar a encontrá-la, seja em que situa-ção for, tenho a certeza que a enfrentarei tão sereno como sereno fiquei passados cinco minutos de ter recebido o enxovalho bem salivado. Este assunto roubou algum espaço ao que é o tema da crónica desta semana. Como vem a propósito hei-de conseguir poupar nas palavras para facilitar a vida ao gráfico do jornal.
A visita da PJ a casa do ex-presidente da Câmara de Santarém, por ter coincidido com o dia em que a PJ fez investigações sobre pedofilia, originou alguns telefonemas para o meu telemóvel que me deixaram estupefacto. O boato sempre foi a mais terrível das armas de arremesso.
O homem com quem me solidarizei disponibilizando as páginas deste jornal pode estar à perna com a justiça, assim como eu, embora por outras razões. Para o caso não ponho prego nem estopa. Registo, no entanto, o facto de a PJ andar a fazer visitas domiciliárias a casa do ex-presidente Noras cinco anos depois da auditoria solicitada pelo anterior executivo camarário presidido pelo ex-presidente Barreiro.
Para fazer coro com António Marinho tinha que dar a mão à palmatória e reconhecer que os políticos da extirpe de Rui Barreiro e cª. são melhores que os juízes dos tribunais portugueses. Não são com certeza. Se fossem em vez de um enxovalho a tal juíza tinha disparado contra mim um balázio. E lá ia eu, sem o merecer, ficar com nome de rua em Santarém.

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